Quando falamos de SEO técnico, a otimização de URL costuma ser subestimada. Mas acredite, ela tem mais impacto do que muita gente imagina. Afinal, uma URL bem otimizada ajuda o Google a entender melhor o conteúdo da página, melhora a experiência do usuário e pode até influenciar no CTR.
Agora, será que URLs curtas são sempre melhores? É preciso colocar palavras-chave? E como lidar com parâmetros e versões duplicadas?
Para responder a essas e muitas outras dúvidas, hoje a VejaPixel trouxe um guia completo. Assim, se você cuida de um blog, e-commerce, portal de grande porte, enfim, aqui vai encontrar boas práticas, exemplos práticos e dicas que realmente fazem diferença na performance do seu site. Então, leia até o final e confira!
O que é otimização de URL e por que ela impacta o SEO?
A otimização de URL é o processo de ajustar o endereço das páginas do seu site para que ele seja mais claro, amigável e assertivo tanto para usuários quanto para os motores de busca.
Parece até detalhe técnico, mas não é. Quer um exemplo? Qual dos dois você clicaria: seudominio.com.br/p=89432 ou seudominio.com.br/otimizacao-url-seo?
Pois é. A primeira parece um erro. Já a segunda entrega o tema de cara. Portanto, de forma bem resumida, URL otimizada é isso, mais sentido, mais confiança, mais chances de ranquear bem.
Qual é a estrutura ideal de uma URL para ranquear no Google?
A estrutura ideal de URL é simples, direta, sem excesso de pastas e com uso inteligente de palavras-chave. Em vez de criar labirintos como site.com.br/blog/2025/artigos/seo/otimizacao/url/, prefira algo limpo como site.com.br/otimizacao-url-seo.
O Google valoriza clareza e abordagem direto ao ponto. Desse modo, é importante evitar parâmetros desnecessários, números aleatórios e duplicações. Em vez disso, prefira letras minúsculas, use hífens para separar palavras e evite acentos ou caracteres especiais.
A URL deve ser autoexplicativa, tanto para o usuário quanto para o robô de busca. E isso vale para páginas, produtos, categorias, tudo. Cada detalhe na URL é uma oportunidade de sinalizar o conteúdo da página com precisão.
URLs longas ou curtas: o que funciona melhor para SEO?
Curta, direta e sem rodeios, é assim que a URL deve ser. Isso porque URLs mais curtas tendem a ter melhor desempenho no SEO por dois motivos simples. Primeiro, são mais fáceis de ler, copiar e compartilhar. Segundo, transmitem o conteúdo da página com mais clareza, sem poluição.
Claro, não precisa exagerar na economia. Afinal, uma URL precisa ser curta e descritiva. A ideia não é virar site.com.br/x1, mas também não precisa de um testamento digital! Algo como site.com.br/guias-seo é bem melhor que site.com.br/conteudos-completos-sobre-tecnicas-de-otimizacao-de-sites-para-google-e-bing.
Por isso, vá direto ao ponto, mas sem perder o contexto.
Palavras-chave na URL ainda fazem diferença no ranqueamento?
Sim, ainda fazem. O próprio Google já afirmou que palavras-chave na URL são um sinal de ranqueamento, mesmo que não sejam o fator mais importante da equação.
Contudo, isso não significa entupir o endereço com termos genéricos. O segredo está na naturalidade. Se o tema da sua página é “otimização de URL”, essa expressão precisa aparecer na URL, claro. Mas nada de keyword stuffing, pois o Google também já avisou que não gosta disso e penaliza quem pratica.
Seja estratégico e objetivo. Palavras-chave ajudam o Google a entender o conteúdo, e ainda reforçam para o usuário que ele está indo para o lugar certo.
Como escolher os termos certos para fazer otimização de URL?
Escolher as palavras certas para compor sua URL vai além de SEO, mas abrange também usabilidade e intenção de busca.
Comece pensando em como as pessoas pesquisam aquele conteúdo no Google. Aliás, ferramentas como Google Search Console, SEMrush, Ahrefs ou até o próprio autocompletar da busca já dão boas pistas.
Depois, pense: o que nessa expressão resume bem o conteúdo da página? Palavras muito genéricas confundem, enquanto as muito específicas podem restringir.
Use termos com volume de busca, mas que também façam sentido para quem vai clicar. E lembre-se de que menos é mais. Uma ou duas palavras bem escolhidas já cumprem o papel.
URLs com stop words (como “de”, “a”, “em”) são prejudiciais à otimização de URL?
Stop words são aquelas palavrinhas funcionais como “de”, “do”, “em”, “a”, “para”, que geralmente não carregam muito peso semântico. E se você se pergunta se vale a pena usá-las na URL, saiba que depende.
O Google é esperto o bastante para ignorar essas palavras quando for necessário, então tê-las na URL não é exatamente prejudicial, mas também não é necessário na maioria dos casos. Uma URL como site.com.br/guias-de-seo pode ser reescrita para site.com.br/guias-seo sem perder clareza e ainda ganhar em objetividade.
Retirar as stop words ajuda a deixar o endereço mais limpo, mais curto e fácil de entender à primeira vista. Por outro lado, se a retirada comprometer o sentido (caso raro, mas possível), é melhor mantê-las.
Então, a dica é remover, mas com bom senso. O foco é sempre na clareza, não na economia a qualquer custo.
Como usar hífens e sublinhados corretamente ao fazer otimização de URL?
Essa dúvida é muito comum no SEO técnico: o que é melhor usar, hífen (-) ou sublinhado (_)? A recomendação do Google é clara: use hífens para separar palavras em URLs.
Isso porque o Google reconhece os hífens como separadores legítimos de palavras, o que ajuda os robôs a entenderem o conteúdo do endereço. Já os sublinhados não são interpretados da mesma forma. Se você escrever copo_termico_inox, o Google pode entender como uma única palavra. O resultado disso é a piora da leitura, tanto para o buscador quanto para o usuário.
Além disso, evite espaços, acentos ou símbolos especiais. Eles podem gerar codificações estranhas, como %20, e tornar a URL menos legível. Por isso, sempre opte por letras minúsculas, palavras separadas por hífens, sem acentos ou caracteres especiais. Simples, eficiente e aprovado pelos motores de busca!
O que evitar ao criar URLs amigáveis para SEO?
Criar URLs amigáveis vai muito além de jogar algumas palavras-chave no endereço. Tem várias armadilhas comuns que precisam ser evitadas. E o pior é que algumas parecem inofensivas. Primeiramente, vale reforçar que é preciso evitar URLs muito longas e cheias de subpastas. Prefira algo mais direto.
Outra prática ruim é usar parâmetros desnecessários em vez de slugs limpos. Também é bom evitar letras maiúsculas, pois o Google trata “SEO” e “seo” como URLs diferentes, por exemplo. E isso pode gerar conteúdo duplicado.
URLs duplicadas, aliás, são um problema sério. Se mais de um caminho leva à mesma página, use redirecionamentos 301 ou canonical tags.
Por fim, fuja de URLs genéricas tipo pagina1.html, que não dizem nada sobre o conteúdo.
Veja um checklist do que evitar:
- Excesso de diretórios;
- Palavras irrelevantes;
- Números soltos;
- Códigos;
- Parâmetros aleatórios;
- Falta de contexto.
A URL é a primeira impressão da sua página, e você não quer parecer bagunçado, não é mesmo?
Como lidar com URLs dinâmicas em e-commerces e blogs?
URLs dinâmicas são aquelas geradas automaticamente com base em parâmetros, muito comuns em e-commerces (/produto?id=1234&cor=azul) e sistemas de blog.
O problema é que essas URLs, embora funcionais para o sistema, costumam ser um pesadelo para o SEO. Elas são difíceis de ler, não incluem palavras-chave e podem gerar milhares de combinações diferentes para o mesmo conteúdo, o que causa problemas com indexação e conteúdo duplicado.
A solução é usar URLs amigáveis baseadas em slugs, que descrevam o conteúdo de forma simples e clara. Plataformas como WordPress, Shopify e WooCommerce já permitem isso com plugins ou configurações nativas.
Outra boa prática de otimização de URL é implementar regras de reescrita (URL rewriting), e usar canonical tags para evitar que variações de filtro, cor, tamanho ou ordenação sejam vistas como páginas únicas.
Qual é a diferença entre slug, permalink e URL?
Esses três termos vivem aparecendo em tutoriais e artigos de SEO. Assim, às vezes são usados como sinônimos, mas não são exatamente a mesma coisa. Vamos descomplicar para você:
- URL é o endereço completo da página, incluindo domínio e caminho, como https://site.com.br/blog/otimizacao-url;
- O permalink (link permanente) é esse mesmo endereço visto como o “link fixo” da página. Isso é algo que não muda com o tempo, mesmo que o conteúdo seja atualizado;
- Já o slug é só a parte final da URL, que identifica especificamente aquela página ou post: no exemplo acima, o slug seria otimizacao-url.
O slug é o que você geralmente edita para deixá-lo amigável e otimizado. É nele que você aplica a palavra-chave, remove stop words, usa hífens etc. Portanto, slug é a parte customizável, permalink é a estrutura completa e estável, e URL é o endereço final acessado pelo usuário.
Como fazer a otimização de URL em sites já publicados sem perder tráfego?
Otimizar URLs de páginas antigas pode gerar ótimos resultados em SEO, mas exige planejamento estratégico. Isso porque mudar uma URL afeta diretamente o caminho que usuários e buscadores usam para acessar o conteúdo. Se não for feito corretamente, o site pode perder posições, backlinks e até visitas.
A regra de ouro então é sempre redirecionar a URL antiga para a nova com um redirecionamento 301. Isso garante que o valor de SEO acumulado (link juice) seja transferido.
Antes de sair editando tudo, priorize páginas com potencial de ranqueamento ou que estejam mal otimizadas, como URLs longas, confusas ou genéricas. Nesse cenário, ferramentas como Google Search Console e Screaming Frog ajudam a mapear o que precisa ser ajustado.
E não esqueça de atualizar os links internos para refletir as novas URLs. De qualquer forma, é possível otimizar URLs antigas sem perder tráfego, desde que você tome os cuidados técnicos certos.
Redirecionamento 301 é obrigatório ao mudar uma URL?
Sim, se você quiser manter o tráfego, a autoridade de página e os backlinks, o redirecionamento 301 não é apenas recomendado, mas essencial. O 301 é o código HTTP que indica uma mudança permanente de endereço, sinalizando aos mecanismos de busca que a página mudou, mas que todo o valor acumulado (SEO incluso) deve ser transferido para a nova URL.
Sem ele, o Google vai tratar a nova URL como uma página totalmente diferente e provavelmente removerá a antiga do índice. E isso é simplesmente desastroso se ela tiver autoridade.
Pior ainda é que os usuários que clicarem em links antigos (em redes sociais, backlinks ou favoritos) vão cair em erro 404. Isso prejudica a experiência, o SEO e a imagem da marca.
Então, mudou a URL? Redirecione com 301 sempre. E, de preferência, atualize os links internos também, para não criar redirecionamentos desnecessários dentro do seu próprio site.
Podemos dizer que redirecionamento é como mudança de endereço: avise seus visitantes, ou eles nunca mais te acham!
Como o Google interpreta parâmetros em URLs?
O Google entende parâmetros em URLs (como ?utm_source=, ?categoria=, ?filtro=preco, por exemplo), mas nem sempre os interpreta da maneira ideal. Parâmetros são úteis para rastreamento e funcionalidades de sites, principalmente e-commerces e ferramentas de busca interna, mas em excesso ou mal configurados, podem confundir o Google e gerar problemas sérios de indexação.
Por exemplo, um mesmo conteúdo pode aparecer com múltiplas variações de URL só por causa da ordem dos parâmetros, o que leva a conteúdo duplicado. Além disso, o Search Console tem uma ferramenta (embora limitada) para ajudar o Google a entender como tratar determinados parâmetros.
Como evitar conteúdo duplicado causado por variações de URL?
Conteúdo duplicado por causa de variações de URL é um clássico problema técnico e um dos que mais afeta e-commerces. Principalmente aqueles com filtros, sessões, ordenações e parâmetros de campanha. O resultado é que várias URLs diferentes exibem exatamente o mesmo conteúdo, e isso confunde o Google sobre qual versão deve ser indexada ou ranqueada.
Para evitar isso, existem algumas estratégias:
- Use canonical tags em todas as versões alternativas apontando para a principal;
- Configure redirecionamentos 301 quando for possível consolidar;
- Configure o robots.txt para bloquear URLs com parâmetros desnecessários.
- Na raiz, mantenha URLs limpas e estáticas como padrão.
Além disso, evite links internos que apontem para versões parametrizadas da mesma página, pois isso pode enfraquecer o sinal da URL principal. Também vale fazer auditorias regulares com ferramentas como Ahrefs, Semrush ou Screaming Frog para identificar duplicações não intencionais.
De todo modo, tenha em mente que o Google quer ver uma página = uma URL. Qualquer coisa diferente disso precisa de regras claras e bem aplicadas.
É melhor usar https e www ou só https direto?
Dois pontos importantes nessa questão, é que HTTPS é obrigatório, e o uso de “www” é mais uma questão de preferência e estratégia de marca.
Primeiramente, o HTTPS é fator de ranqueamento e também de credibilidade. Sites sem certificado de segurança são sinalizados como inseguros, o que espanta usuários e reduz conversões. Então, nunca abra mão do HTTPS.
Já o “www” é uma subdomínio. E sim, https://www.site.com.br e https://site.com.br são URLs diferentes aos olhos do Google. O ideal então é escolher uma versão principal (com ou sem www) e redirecionar a outra via 301, além de configurar corretamente a canonical e o Search Console.
Muitos sites preferem sem www por estética, outros usam com para manter estrutura legada ou facilitar integração com CDNs. Em termos de SEO, não há vantagem técnica real entre usar ou não o www. O importante é consistência e configuração correta.
E nunca, jamais, permita que ambas as versões coexistam sem redirecionamento. Isso sim, seria um verdadeiro desastre técnico.
Como fazer otimização de URL em CMSs como WordPress e Shopify?
Criar URLs amigáveis em CMSs como WordPress e Shopify não é um bicho de sete cabeças, mas exige atenção à configuração inicial.
No WordPress, o primeiro passo é ir em Configurações > Links Permanentes e escolher uma estrutura limpa, como “nome do post”. Evite o uso de URLs com data (/2025/04/30/post-title) ou ID numérico (/?p=123). Use slugs curtos, com palavras-chave descritivos, e edite-os manualmente sempre que necessário.
Já no Shopify, o controle é um pouco mais limitado. A plataforma insere automaticamente /products/, /collections/ etc., o que é normal. Mas você ainda pode editar o handle (a parte final da URL) para torná-lo mais limpo e otimizado.
Uma dica importante é evitar acentos, caracteres especiais e parar de usar “aquela URL gerada automaticamente”. Ferramentas como Yoast (no WP) ajudam bastante na avaliação SEO da URL, caso você não queira fazer tudo manualmente.
Existe alguma ferramenta para testar se uma URL é boa para SEO?
Sim. E o melhor é que existem várias, gratuitas e pagas, para testar se uma URL está bem estruturada do ponto de vista do SEO. A primeira e mais acessível é o próprio Google Search Console. Ele mostra se a URL está indexada, se tem problemas de rastreamento ou cobertura e se está com canonical correta.
Outra excelente ferramenta é o Screaming Frog, que permite auditar a estrutura de URLs em lote, identificando parâmetros, URLs duplicadas, canônicas mal configuradas, e até o uso de maiúsculas (o que não é recomendado, como já ensinamos).
Para testar a “amigabilidade”, o SEO Review Tools oferece um testador de URL que avalia comprimento, uso de palavras-chave, presença de caracteres inválidos, entre outros pontos.
Já o Ahrefs Site Audit também ajuda muito a identificar URLs muito longas, com baixa legibilidade ou que não estão performando bem. E claro, sempre vale fazer o teste humano: a URL é fácil de entender à primeira vista? Então você já está no caminho certo.
Como fazer otimização de URL para mobile-first indexing?
O Google adota o mobile-first indexing há anos, ou seja, considera prioritariamente a versão mobile de um site para rastreamento e ranqueamento. Isso não muda diretamente a estrutura da URL, mas exige que você tenha consistência absoluta entre a versão mobile e a versão desktop.
Se o seu site é responsivo (e deveria ser), a URL geralmente é a mesma. Mas se você ainda usa URLs separadas para mobile (como m.site.com), é hora de migrar. Isso porque essa estrutura já é considerada ultrapassada e pode gerar confusão no rastreamento, duplicidade e problemas de canonical.
Além disso, garanta que a URL mobile:
- Sirva o mesmo conteúdo (mesmo texto, títulos, imagens com alt) da versão desktop;
- Esteja incluída no sitemap XML;
- Tenha tags <link rel=”canonical”> e <link rel=”alternate”> configuradas corretamente, se for separada.
Para o Google, não adianta ter uma URL bonita se a versão mobile entrega conteúdo incompleto. SEO mobile exige atenção aos detalhes, o que inclui a consistência da URL.
Quais são os piores erros a se evitar na estrutura de URLs?
Até os melhores profissionais de SEO já cometeram alguns dos erros estruturais nas URLs! Os mais comuns incluem:
- URLs muito longas, que dificultam o rastreamento e a leitura;
- Uso excessivo de parâmetros, principalmente sem canonical ou redirecionamento adequado;
- URL com letras maiúsculas ou espaços, que podem gerar duplicação;
- Caracteres especiais, como &, ç, @, que devem ser evitados;
- URLs sem sentido semântico, como /produto123xyz em vez de /caneca-termica-inox;
- Falta de consistência, quando o mesmo tipo de página tem estruturas de URL diferentes (ex: uma com categoria, outra sem);
- Slug padrão deixado pelo CMS, como meu-primeiro-post-2.
Evite também inserir datas ou números de versão (a menos que seja realmente necessário), pois isso envelhece mal o conteúdo.
Como fazer otimização de URL de páginas de categorias e tags?
Páginas de categorias e tags muitas vezes são negligenciadas, mas podem ter um papel essencial no SEO on-page e na arquitetura do site. A primeira dica é não deixar a URL automática. Em WordPress, por exemplo, URLs como /category/sem-categoria/ ou /tag/dicas-uteis-2 não agregam valor algum.
O ideal é editar o slug de forma clara e objetiva, com palavras-chave alinhadas à estratégia de conteúdo. Por exemplo, em vez de /category/blog, use /conteudos-seo. Também vale a pena remover os prefixos (/category/ ou /tag/) se o CMS permitir, para deixar as URLs mais limpas.
Outra dica importante é não indexar tags inúteis ou duplicadas, principalmente se geram páginas vazias ou com conteúdo semelhante. Isso cria canibalização e dilui a autoridade. Use canonical quando necessário e, se não quiser indexar, use meta robots noindex.
Por fim, mantenha consistência. Categorias devem seguir um padrão uniforme, e as URLs devem refletir a hierarquia do site. Afinal, a URL também é parte da experiência de navegação, e o Google sabe disso.
Como estruturar URLs para SEO local?
Quando o objetivo é ranquear para buscas locais, a URL pode (e deve) ajudar a reforçar o contexto geográfico da página. Em SEO local, palavras-chave com localização têm peso, e isso pode ser aproveitado também na estrutura da URL.
Por exemplo, se você tem uma página de serviços de encanamento em Belo Horizonte, prefira algo como /servicos/encanador-belo-horizonte a um simples /servicos/encanador. Isso ajuda o Google a entender o foco local da página e, claro, melhora o match com buscas que incluem a cidade.
Por outro lado, evite “encheção de linguiça”. Se a localização já está no conteúdo, no title, no H1 e nos dados estruturados, não precisa repetir de forma exagerada na URL.
Além disso, padronize a estrutura: para múltiplas localidades, use algo como /cidade/servico, e não misture formatos como /servicos-rj com /sao-paulo/servicos.
Como adaptar URLs para SEO internacional (multilíngue)?
Em SEO internacional, a URL é um dos pilares para segmentar corretamente por idioma e região. Assim sendo, existem três formas principais de estruturar URLs multilíngues:
- ccTLDs: domínios específicos por país, como meusite.fr, meusite.com.br. Transmitem autoridade local, mas exigem mais manutenção;
- Subdomínios: fr.meusite.com, es.meusite.com. Úteis, mas com menos força geográfica que o ccTLD;
- Subpastas: meusite.com/fr/, meusite.com/en/. São a opção mais prática e recomendada pelo Google para a maioria dos projetos.
Além da estrutura, use hreflang tags corretamente para sinalizar ao Google qual versão da URL corresponde a qual idioma/região.
Outro cuidado que você deve ter é traduzir também os slugs das URLs. Nada de meusite.com/en/produtos, por exemplo. O correto seria meusite.com/en/products. Isso porque tradução parcial quebra a consistência e prejudica a experiência.
Por fim, evite redirecionamentos automáticos baseados em IP, porque isso confunde o crawler. Deixe o usuário escolher ou use sinalizações claras no HTML.
O que são canonical tags e qual a relação com otimização de URL?
Canonical tags são instruções HTML que dizem ao Google qual versão de uma página deve ser considerada como “principal”, caso existam múltiplas URLs com conteúdo similar ou idêntico.
Elas são fundamentais em:
- Sites com parâmetros de URL;
- Versões paginadas;
- Variações de filtros em e-commerces;
- Erros de duplicação interna.
Por exemplo, se um produto pode ser acessado por /camisa-azul, /camisa-azul?utm=facebook e /roupas/camisa-azul, você precisa definir qual dessas é a canonical, ou corre o risco de diluir autoridade e ter problemas de conteúdo duplicado.
Em termos de otimização de URL, isso significa que nem sempre você precisa evitar 100% das variações, mas deve orientar corretamente o Google com a tag <link rel=”canonical” href=”URL-desejada” />.
Canonical bem usada melhora rastreamento, consolida sinais de link building e evita indexações problemáticas. Por outro lado, canonical mal configurada pode jogar seu SEO por água abaixo. Portanto, sempre audite suas canonicals com ferramentas como Screaming Frog ou o próprio Search Console.
URLs influenciam no CTR (taxa de cliques) nos resultados de busca?
Sim e mais do que muita gente imagina. Embora o CTR dependa de vários fatores (como o título e a meta description), a URL visível no snippet e (pior ainda) no SEG do Google também impacta na decisão do usuário de clicar.
URLs curtas, com palavras-chave claras e amigáveis, tendem a transmitir mais confiança e relevância. Compare:
- www.site.com.br/servicos/redes-sociais
- www.site.com.br/servicos?id=4532&fbclid=AV38Ds
Em qual delas você clicaria? Além disso, URLs legíveis ajudam o usuário a entender rapidamente o conteúdo da página. Se ele procura por “consultoria SEO”, ver isso refletido na URL reforça a correspondência da busca.
É claro que o impacto da URL isoladamente não é gigantesco, mas em conjunto com outros elementos da SERP do Google, ela pode fazer a diferença.
Uma dica prática e importante nesse sentido é revisar como suas URLs aparecem nos resultados (via Search Console ou no próprio Google) e, se necessário, otimize para deixá-las mais claras e convidativas.
Como montar um padrão de URL escalável para grandes sites?
Quando se trata de sites grandes (como e-commerces, marketplaces, portais de conteúdo ou SaaS com múltiplas áreas), a padronização de URLs é vital. Afinal, um bom padrão garante escalabilidade, facilita o rastreamento pelo Googlebot e evita dores de cabeça com conteúdo duplicado.
Confira alguns princípios de otimização de URL para esse tipo de portal:
- Hierarquia clara: Use URLs que indiquem a estrutura do site (ex: /categoria/produto, /blog/seo/url-amigavel);
- Slugs consistentes: Evite abreviações confusas ou duplicação de termos. Se usar hífens, use sempre (nunca misture com underscores ou espaços codificados);
- Evite números e códigos: Slugs como /produto/1234 não dizem nada para o usuário (nem para o crawler);
- Centralize a criação: Se vários times criam páginas, estabeleça guidelines documentadas para todos seguirem;
- Planeje para o futuro: Antecipe-se a novas categorias, idiomas, filtros. URLs bem pensadas hoje evitam retrabalho amanhã.
Um bom padrão de URL é quase como um bom design de banco de dados. Istp é, invisível quando funciona, mas desastroso se for mal feito.
Gostou das dicas de otimização de URL? Então coloque tudo em prática e agregue mais esse fator para melhorar seu ranqueamento, CTR e, claro, sua receita!